Mosquitos 'Aedes aegypti' com bactéria Wolbachia começam a ser soltos em MS; expectativa é reduzir dengue e outras doenças

IVIAGORA


Nesta quinta-feira (10) tem "um feito" para as pesquisas de combate à dengue, em Campo Grande. É que temos agora uma fábrica de Wolbitos, que são os mosquitos Aedes Edypty com Wolbachia, bactéria que impede esses insetos de transmitirem a dengue, zika e chikungunya. Eles foram soltos há pouco.

Conforme os pesquisadores, os ovos, produzidos em uma central no Rio de Janeiro, foram coletados na capital sul-mato-grossense. Luciano Moreira, que está à frente do projeto, ressalta que eles se desenvolvem e não fazem mal, explicando que, caso ocorra, a picada é como a de um "pernilongo comum". Além disso, ressaltou também que o método é seguro e não há "nenhuma transformação genética nem no mosquito e nem na bactéria".

Os especialistas ainda citaram exemplos de locais como a Austrália, Indonésia e até mesmo o Rio de Janeiro, onde houve 70% redução de casos de dengue. Em Campo Grande, por semana, a meta é distribuir cerca de 1,5 milhão de mosquitos por semana, principalmente neste período de chegada do verão, em que há aumento na disseminação de doenças.

Os primeiros bairros a participarem do experimento são os bairros Guanandi, Lageado, Aero Rancho, Jardim Batistão, Jardim Centenário, Coophavila e Parque Lageado. Já nos municípios de Corumbá, Ponta Porã e Dourados, na região sul do estado, estão em fase de planejamento.