‘Te amo, você é minha rainha’, disse menino achado em freezer em última conversa com a mãe

IVIAGORA


As últimas palavras que mãe e filho trocaram antes de José Eduardo Alves Gonçalves Rosa, 15 anos, ser encontrado morto dentro do freezer na casa da avó, na Vila Adelina, em Campo Grande, foram de amor e cuidado com o adolescente que estava sozinho, já que a dona de casa estava viajando junto da avó do adolescente.

Em conversas no WhatsApp, a mãe perguntou para José se estava tudo bem e em seguida diz que ama o filho. O adolescente responde o questionamento da dona de casa afirmando que estava tudo bem, e em seguida responde a mãe por áudio, “Te amo, você é minha rainha”. Depois dessa conversa no sábado (8), a mãe de José não conseguiu mais falar com o garoto, segundo a advogada da família Marcelle Peres Lopes.

Marcelle falou que a família ainda está em choque e que acredita que José tenha sido obrigado a entrar mediante ameaça dentro do freezer, já que ele era um menino alto – 1,80 aproximadamente e 100 quilos- não sendo fácil carregá-lo. Ainda de acordo com a advogada, a polícia disse nesta quarta-feira (13), quando a mãe de José foi até a delegacia para prestar depoimento, que todos os esforços estão sendo empenhados na solução do caso.

Segundo a advogada o laudo necroscópico que irá revelar a causa mortis do menino ainda mão ficou pronto, e que as duas facas encontradas na residência que não eram da avó do menino passarão por perícia, assim como, o celular e o notebook apreendidos. Já sobre a última postagem de José em suas redes sociais com um amigo, Marcelle falou que a família acredita que poderia ser um amigo virtual já que desconhece o ‘amigo’ na postagem.

A advogada foi enfática ao falar que o adolescente não tinha envolvimento com drogas ou álcool e que era bastante tranquilo e um menino doce. Nesta quarta (13) quando prestou depoimento, a mãe disse acreditar que se tratava de crime o que aconteceu com o filho, “Não foi acidente não”, disse.

Vídeo
No vídeo divulgado, o primo aparece saindo da casa ainda no domingo de manhã. Ele foi o último familiar a ver José ainda com vida, mas segundo a mãe do adolescente, ela não conversou com ele para saber o que pode ter ocorrido. Para a polícia e a família, este primo não é suspeito do crime.

No dia seguinte, na segunda-feira (11), a mãe de José teria ido até a casa da avó acompanhada de um sobrinho, que mora em Campo Grande. O portão estava trancado e ela pediu que ele pulasse o muro. Foi então que ele encontrou o adolescente morto, só de cueca, sentado dentro do freezer que estava desligado.