Reativação de usina ajuda na geração de empregos, ICMS e produção de energia, diz governador

IVIAGORA


Com a presença do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o governador Reinaldo Azambuja participou nesta quarta-feira (28) da cerimônia de reativação da usina termelétrica William Arjona, em Campo Grande. A unidade vai converter gás natural em energia e assim contribuir com o setor elétrico de Mato Grosso do Sul, além da geração de empregos e arrecadação ao Estado.

“É importante a retomada de investimentos como a reativação da usina, que estava parada desde 2017. Conseguimos construir esta parceria por meio de incentivos fiscais e participação da MSGás e Energisa. Além de produzir energia, esta unidade vai gerar ICMS, empregos e novas oportunidades ao Estado”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja.

O ministro Bento Albuquerque citou que a reativação da usina mostra que apesar da crise no setor hídrico, o Brasil e Mato Grosso do Sul têm outras fontes de energia que estão sendo implementadas, o que ajuda neste momento.

“Aqui é mais um exemplo para superarmos a crise, a usina estava parada e agora vai ter um papel importante neste enfrentamento. Nossa matriz (energia) é diversificada. Só em Mato Grosso do Sul temos 22 empreendimentos de geração de energia sendo instalados”.

Retorno das atividades

A frente da usina está o grupo Delta Geração, que entrou no setor após o novo marco regulatório em abril deste ano. A unidade já começou as atividades desde 10 de julho. Todas as máquinas já estarão em funcionamento até a próxima semana.

O presidente do Grupo Delta, Luiz Fernando Viana, ressaltou que a energia produzida na unidade equivale a 50% do consumo de Campo Grande. “Entramos em operação no dia 10 de julho já com três máquinas, que produz 120 megawatts, na semana que vem vão funcionar as cinco (máquinas), chegando a nossa capacidade de 190 megawatts”.

Viana revelou que já existe um estudo para ampliar ainda mais esta capacidade máxima. Sobre o gás natural utilizado, a previsão é de 1.350.000 metros cúbicos diários com o uso das cinco máquinas.

Para o presidente da MSGás, Rui Pires, a reativação da termelétrica vai contribuir com a economia estadual. “O Estado ganha bastante. Toda vez que entra o gás no Brasil, gera ICMS ao Estado. Também contribui ao Brasil, já que estamos diante de uma crise hídrica, a pior dos últimos 91 anos”.

Ele ainda explicou que a energia gerada na unidade segue para o sistema nacional, mas que dá “segurança energética” ao Estado. “Então é muito boa essa parceria, muito bom eles estarem voltando depois de 4 anos parados, tanto ao Estado, como para o Brasil”, descreveu.

Primeira com gás natural

A usina William Arjona foi a primeira termelétrica do Brasil a utilizar gás natural, por meio do gasoduto Brasil-Bolívia. Ela foi inaugurada em 1999 em Campo Grande, mas estava desativada desde 2017. Com sua capacidade máxima, pode consumir 1,3 milhão de metros cúbicos de gás natural por dia.

Para o retorno das atividades, o grupo empresarial fez as devidas tratativas com a Agepan (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos), Energisa, MSGás, Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e Ministério de Minas e Energia, além de outros órgãos representativos do setor.

Além do governador e ministro, participaram da solenidade a senadora Soraya Thronicke, o deputado federal Luiz Ovando, os secretários Jaime Verruck (Semagro), Eduardo Riedel (Infraestrutura), Geraldo Resende (Saúde), assim como o diretor-presidente da Agepan, Carlos Alberto Assis, e o diretor-presidente do Detran, Rudel Trindade Júnior, que antes de assumir o órgão de trânsito presidia a MSGás.

Leonardo Rocha e Bruno Chaves, Subcom

Fotos: Saul Schramm