Adecoagro reverte prejuízo e tem lucro de US$ 15,666 milhões no 2tri21

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A Adecoagro, uma das companhias líderes do setor agrícola na América do Sul, teve lucro líquido de US$ 15,666 milhões no segundo trimestre de 2021, informou ontem (12) a companhia. Em igual período do ano passado, a Adecoagro tinha registrado prejuízo de US$ 12,064 milhões. Em termos ajustados, houve prejuízo de US$ 13,802 milhões, ante lucro de US$ 19,847 milhões um ano antes.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em US$ 101,443 milhões, alta de 24,9% ante o segundo trimestre de 2020. A margem Ebitda ajustado passou de 44,9% para 36,4%. As vendas aumentaram 54,2% na mesma comparação, para US$ 285,58 milhões.

No segmento de açúcar, etanol e cogeração de energia a partir de cana, o Ebitda ajustado subiu 62,1% ante o segundo trimestre do ano passado, para US$ 73,6 milhões. De acordo com a Adecoagro, o desempenho refletiu principalmente um aumento no volume de cana processada e na concentração de sacarose da planta, além de uma maior destinação da cana para a produção de etanol.

O volume processado de cana-de-açúcar aumentou 19,6% no segundo trimestre na comparação anual, para 3,5 milhões de toneladas. A produção de açúcar caiu 2,3%, para 196.218 toneladas, enquanto a de etanol subiu 66,4%, para 173,2 milhões de litros.

A companhia informou em comunicado que, por estar gerando fluxos de caixa estruturalmente positivos, pretende distribuir capital, principalmente por meio de recompra de ações. "Durante os primeiros sete meses do ano, compramos mais de 3 milhões de ações ao preço médio de US$ 9,18/ação, totalizando US$ 28,0 milhões", afirma a nota. "Daqui para frente, esperamos continuar recomprando ações no ritmo atual, em linha com o compromisso de gerar valor de longo prazo aos acionistas."

Sobre as condições climáticas no Brasil, a empresa diz acreditar que "a geada causará uma redução na disponibilidade de cana no fim deste ano e no começo de 2022, causando recuo na produtividade. Embora seja muito cedo para uma avaliação definitiva e final do impacto, estimamos que o volume de moagem em 2021 fique, em linhas gerais, estável ante 2020, e a produtividade recue em aproximadamente 10%". Daqui para frente, de acordo com a empresa, as chuvas durante o verão determinarão o efeito do clima na safra de 2022.

A expectativa é também de que a geada sustente ainda mais os preços de açúcar e etanol, já em níveis altos por causa da seca nos meses anteriores. Por isso, diz a empresa, "acreditamos que nosso Ebitda e geração de caixa não serão materialmente afetados".

Fonte: Broadcast Agro