Agronegócios
Setor sucroenergético lucra com a soja em Mato Grosso do Sul, mas adesão à rotação pode ser maior
IVIAGORA
Leonardo Ruiz
A safra de soja 2020/21 superou as previsões sul mato-grossenses e chegou a 13,305 milhões de toneladas. O volume representa um recorde histórico para o Estado, sendo 17,8% maior que as 11,325 milhões de toneladas colhidas na safra 2019/20. A produtividade também surpreendeu, fechando em 62,8 sacas por hectare.
Mas não são apenas os sojicultores que estão aproveitando o bom momento da leguminosa no Estado. A cana-de-açúcar também vem “surfando” essa onda. Dezenas de canavicultores e usinas da região já enxergam os benefícios de ter a soja como cultura rotacional em áreas de reforma.
Além da gerar de renda extra e acarretar benefícios ao solo, a rotação de cana com soja é interessante devido ao fato de a leguminosa ser uma das grandes atividades de Mato Grosso do Sul, tornando relativamente fácil o escoamento da produção e o acesso aos insumos necessários. Além disso, mesmo as empresas canavieiras que não desejam plantar soja podem facilmente arrendar suas terras por um determinado período, uma vez que há uma grande demanda de áreas por parte dos sojicultores do Estado.
No entanto, o diretor da TCH Gestão Agrícola, José Trevelin Júnior, relata que as próprias usinas são o maior entrave para o sucesso da parceria cana-soja no MS. Segundo ele, falta planejamento para que essas unidades se beneficiem da leguminosa como cultura rotacional. “Algumas usinas já entenderam as vantagens da prática e se organizam com bastante antecedência. No início do ano, elas já definiram quais áreas de reforma irão ser plantadas com soja, seja no sistema de Meiosi (Método Interrotacional Ocorrendo Simultaneamente) ou convencional. Porém, a maioria das unidades não tem esse planejamento e costuma liberar as áreas em cima da hora.”
José Trevelin Júnior: “A maioria das usinas não tem planejamento e costuma liberar as áreas em cima da hora”
Foto: Arquivo pessoal
Trevelin reforça que o plantio de soja ocorre em uma janela muito mais apertada que o de cana, tornando inviável para os sojicultores plantarem além do limite. “O melhor período vai de 15 de setembro a 15 de novembro. Se uma usina entregar uma área muito tarde, ela empurrará o plantio da leguminosa para dezembro, o que não é interessante para o produtor de grãos.”
No dia 25 de agosto, às 15h, José Trevelin Júnior participará da live “O manejo da cana e das culturas rotacionais”. O evento será transmitido ao vivo pelos canais digitais da CanaOnline (YouTube, Facebook e LinkedIn) e contará com a participação de:
* José Trevelin Júnior – Diretor da TCH Gestão Agrícola, Matro Grosso do Sul
* Sérgio de Souza Nakagi – Produtor rural de cana, soja, milho, sorgo e amendoim. É também Presidente do Sindicato Rural de Jaboticabal e diretor da Coplana – Cooperativa Agroindustrial;
* Mayra Martins Teixeira - Gerente de produção de grãos da Agrícola Nova América, Maracaí/SP;
* Edilson Maia, produtor rural de Alagoas;
* Denizart Bolonhezi - Pesquisador (IAC-APTA);
Serviço
Live “O manejo da cana e das culturas rotacionais”
Realização: CanaOnline
Data e horário: Quarta-feira (25/08), das 15h às 16h40
Endereços: O evento será transmitido ao vivo nos canais digitais da CanaOnline:
YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=ZZhvwJ2Ldts
Facebook: https://www.facebook.com/221708711305971/posts/2454174094726077/
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