Arroba do boi gordo volta a cair no mercado físico brasileiro

IVIAGORA


Boi: exportação à China segue suspensa e preços caem, diz Safras & Mercado

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços da arroba do boi gordo negociada no mercado brasileiro tiveram quedas nas principais praças de produção e comercialização. Em São Paulo, capital, a referência passou de R$ 305 para R$ 300/305 por arroba, na modalidade a prazo. Segundo o analista Fernando Iglesias, os frigoríficos estão remanejando as escalas até a retomada das vendas para China.

Na B3, as cotações dos contratos futuros do boi gordo tiveram forte recuo e praticamente voltaram ao patamar alcançado quando surgiram os rumores sobre a doença da “vaca louca”. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 301,25 para R$ 294,95, do outubro foi de R$ 305,05 para R$ 298,65 e do novembro foi de R$ 313,45 para R$ 306,25 por arroba.

Milho: indicador do Cepea chega ao menor valor desde o início de julho

O indicador do milho do Cepea recuou novamente e chegou ao menor valor desde o dia 2 de julho. A cotação variou -0,18% em relação ao dia anterior e passou de R$ 92,32 para R$ 92,15 por saca. Assim sendo, no acumulado do ano, o indicador valorizou 17,16%. Em 12 meses, os preços alcançaram 58,47% de alta.

Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do milho tiveram comportamento misto e a curva alternou entre altas e baixas entre os vértices. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 92,71 para R$ 92,69, do novembro foi de R$ 92,66 para R$ 92,89 e do março de 2022 passou de R$ 94,13 para R$ 93,70 por saca.

Soja: preços têm leve alta

O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) teve um dia de alta dos preços, com o mercado apreensivo com a possível greve dos caminhoneiros. A cotação variou 0,4% em relação ao dia anterior e passou de R$ 172,02 para R$ 172,7 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 12,22%. Em 12 meses, os preços alcançaram 26,35% de alta.

Na bolsa de Chicago, as cotações dos contratos futuros da soja tiveram queda e chegaram ao menor patamar para o primeiro futuro desde o dia 28 de dezembro do ano passado. O vencimento para novembro recuou 0,70% na comparação diária e passou de US$ 12,794 para US$ 12,704 por bushel. Os investidores seguem se posicionando para o relatório do USDA que será divulgado hoje, sexta-feira, 10.

Café: cotações caem com queda do dólar e do arábica em Nova York

De acordo com a Safras & Mercado, as cotações do café no Brasil tiveram preços mais baixos com a queda do dólar em relação ao real e do arábica em Nova York. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 1.085/1.095 para R$ 1.075/1.080, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação ficou foi de R$ 1.090/1.100 para R$ 1.080/1.085 por saca.

Na bolsa de Nova York, as cotações do café arábica tiveram o segundo dia consecutivo com recuo maior que 1,0% e perderam o patamar de US$ 1,90 por libra-peso. O vencimento para dezembro, o mais negociado atualmente, recuou 1,45% na comparação diária e passou de US$ 1,902 para US$ 1,8745 por libra-peso.

No exterior: pedidos de auxílio-desemprego retornam ao nível pré-pandemia

Os pedidos de auxílio desemprego nos Estados Unidos foram de 310 mil na semana encerrada em 4 de setembro. Este resultado representou uma desaceleração em relação à semana anterior, quando haviam sido registrados 345 mil pedidos. Além disso, o dado ficou abaixo do esperado por analistas de mercado, que projetavam 335 mil solicitações.

Apesar do bom resultado do mercado de trabalho, os investidores passam a ver uma chance maior de retirada de estímulos por parte do Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve). Nesta linha, inclusive, a diretora do FED, Michelle Bowman, disse nesta quinta-feira, 9, que segue otimista com a expansão econômica e reforçou o plano atual de retirada de estímulos ainda em 2021.

No Brasil: IPCA volta a ficar acima do esperado em agosto

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA passou de 0,96% em julho para 0,87% em agosto e ficou acima das expectativas, que iam do intervalo entre 0,62% e 0,85%. Novamente, o indicador foi pressionado por aumentos dos preços de energia, combustíveis e alimentação.

Aceno de Bolsonaro ao STF para tentar diminuir a crise entre os poderes gerou recuperação parcial no Ibovespa, após forte queda do dia anterior. O principal índice de ações da bolsa brasileira subiu 1,72% na comparação diária e ficou cotado aos 115.360 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial caiu 1,85% e passou de R$ 5,326 para R$ 5,227.