Pai e madrasta são presos suspeitos de espancar criança de 4 anos que perdeu a mãe para a Covid-19

IVIAGORA


Pai e madrasta foram presos suspeitos de espancar menina de 4 anos, segundo a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. A criança foi examinada por um médico legista, que a encaminhou para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lages de Siqueira (Hugol).

Segundo o Conselho Tutelar, a paciente tem boas condições clínicas nesta segunda-feira (20). Ainda de acordo com o órgão, a família paterna contou que a criança perdeu a mãe para a Covid-19 em abril deste ano.

A denúncia de agressão foi feita na quinta-feira (16) pelo próprio pai da criança à Polícia Civil, após a irmã dele o alertar sobre os machucados. No entanto, enquanto o homem acusava a companheira de agredir a menina, a madrasta acusou o companheiro do mesmo, por isso os ambos acabaram presos.

“A DPCA vai apurar as circunstancias desse delito, seja através de diligencias, ouvindo testemunhas, [...] qualquer um que possa contribuir para a elucidação. As investigações vão individualizar a conduta de cada um: pai e madrasta”, explicou a delegada Bruna Coelho.

 

Após a denúncia, a Polícia Civil localizou a criança e a submeteu a um exame médico. O profissional de saúde indicou que a paciente precisava de atendimento hospitalar, por isso ela foi internada no Hugol.

Segundo relatos do Conselho Tutelar e da Polícia Civil, a menina tinha diversos hematomas por todo o corpo – novos e antigos. O bracinho direito dela estava fraturado e precisou passar por uma cirurgia.

Menina de 4 anos está internada em hospital de Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Com o pai e a madrasta presos, o Conselho Tutelar acompanha a menina no Hugol enquanto procura a família materna dela.

“Se não identificarmos ninguém da família que possa oferecer uma segurança para a criança, a nossa medida será o acolhimento institucional para que a juíza determine alguém da família e tome as medidas cabíveis para frente. É claro que ela vai passar por atendimento psicológico de agora para frente”, detalhou a profissional do órgão Élita Arantes.