No mês em que as mulheres têm um dia próprio para lembrar suas lutas e conquistas, essa notícia assusta e causa indignação. A Polícia Civil recebeu nesta sexta-feira (04/03), informação anônima de que uma mulher estava sofrendo diversas formas de violência doméstica e sendo mantida em cárcere privado pelo companheiro, em uma fazenda distante, aproximadamente 80 Km da sede do município de Ribas do Rio Pardo.

De acordo com informações da assessoria, também foi informado que o agressor armado com revólver calibre .38, com o qual ameaça a vítima, dizendo que se ela fosse embora a mataria.

Imediatamente, uma equipe composta por policiais Civis e Militares se deslocou até o endereço indicado na denúncia anônima, onde estavam o agressor (36), a vítima (23) e mais duas crianças, um menino de 05 anos e uma menina de 02 anos.

AÇÃO POLICIAL

Em conversa, a vítima confirmou a um dos policiais os fatos narrados na denúncia e, disse que domingo, dia 27/02/2022, o agressor deu-lhe uma surra, arrastando-a pelo quintal, puxando seus cabelos e a jogado em uma poça de lama.

Depois do episódio, o agressor fez diversas ameaças dizendo que a mataria se tentasse ir embora ou contasse para alguém o que havia acontecido. A vítima confirmou aos policiais, que o agressor possuía uma arma de fogo, mas, que o patrão havia ligado momentos antes dizendo que policiais estariam indo até a fazenda e que era para ele esconder a arma e fazer com que a vítima negasse as agressões.
De acordo com a polícia, em conversa com o agressor, este confirmou todo o narrado e inclusive a ligação do patrão e que por isso a arma estava escondida próximo a um pé de limão, onde fora encontrado um revólver calibre 38, com duas munições intactas.

Perguntado o motivo das agressões à esposa, ele respondeu que no dia ela estava muito alterada querendo ir embora e por isso acabou a agredindo. Diante dos fatos, autor, vítima e filhos foram encaminhados até a Delegacia de Polícia de Ribas do Rio Pardo, onde foram adotadas todas as medidas cabíveis e acionado a assistência social do município para abrigar a vítima.

JUSTIÇA

O agressor irá responder pelos crimes de cárcere privado, ameaça e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, vez que a numeração do revólver estava suprimida.

Além disso, o patrão do agressor, que o instruiu a ameaçar a vítima para mentir para polícia e a esconder a arma, também será investigado pela participação nos crimes de cárcere privado e posse ilegal de arma de fogo.