Em 2018, ano que Reinaldo Azambuja conquistou o segundo mandato para governar Mato Grosso do Sul, o PSDB juntou-se a 11 partidos no segundo turno. Na eleição de outubro deste 2022, mudou a legislação eleitoral e, ao menos até agora, Eduardo Riedel, candidato dos tucanos ao governo indicado por Azambuja, afirmou que, por enquanto, "pode ser" que sua chapa tenha garantido o apoio de quatro legendas.

Pelas contas de Riedel serão seus aliados o PP, de Tereza Cristina, a ex-ministra da Agricultura, pré-candidata ao senado; ao PL, do presidente Jair Bolsonaro, PDT, ex-partido do deputado federal Dagoberto Nogueira, que trocou a sigla pelo PSDB e Republicanos, partido também aliado a Bolsonaro.
Ou seja, pelo dito por Riedel, o PSDB de MS prepara-se para um pacto com os bolsonaristas.

O pré-candidato tucano ao governo de MS apontou quatro possíveis aliados porque deve aguardar o desfecho da "federação partidária", modelo que estreia nas eleições deste deste ano e que permite a união de duas ou mais legendas que agirão como se fosse uma sigla só por período de quatro anos.
 
O modelo difere das coligações, que poderiam ser feitas nas eleições e, ao término dela, poderiam desfeitos.

"A federação influencia nas disputas regionais, por isso temos de aguardar". O prazo estabelecido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para o fechamento da federação é dia 31 de maio, daqui dois meses.

CELSO BEJARANO, KETLEN GOMES