O assassinato de José Alceu Padilha Bueno, ex-vereador em Campo Grande, foi arquitetado por uma suposta mulher que ele tinha caso, conforme publicou o portal do jornal Correio do Estado. Ela viu a vítima com uma grande quantia de dinheiro e com a ajuda de outros dois homens planejou o roubo que terminou a com morte do ex-vereador.

A conclusão foi obtida depois de investigação da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) e os três principais suspeitos do crime de latrocínio foram presos ontem (28) e serão apresentados na tarde de hoje, em coletiva de imprensa.

Alceu Bueno foi morto no dia 20 de setembro. Seu corpo foi queimado e desovado na Rua Avanhandava, no Jardim Veraneio. O local não fica longe de onde a Polícia Civil encontrou ossadas de corpos que foram enterrados por grupo de extermínio.

O ex-vereador desapareceu depois da 21h30 quando fez contato com familiares pela última vez. Ele mandou mensagem de celular para parentes. O corpo foi encontrado somente na manhã do dia 21. Bueno morreu estrangulado e teve o corpo completamente queimado.

A identificação só foi possível a partir de marcas como cicatriz na mão, placa titânio que o ex-vereador tinha e o chip de celular que era da vítima. O Instituto de Identificação, da Coordenadoria Geral de Perícias, confirmou as digitais também.

Exploração

Ainda segundo o Correio do Estado, Alceu Bueno foi condenado em processo de exploração sexual e acabou denunciado o esquema que envolvia políticos e empresários.

Antes de virar réu, ele foi alvo de tentativa de extorsão por Fabiano Viana Otero, atualmente desaparecido, e Luciano Pageu, também empresário.

No mesmo processo que Alceu Bueno respondeu, apareceram como réus Fabiano Viana Otero, Luciano Pageu, o ex-deputado Sérgio Assis e o ex-vereador Robson Martins.