Detentos trabalham em reforma de escola que atende crianças orfãs na Capital

Ação reduz pena dos internos envolvidos no projeto federal

CORREIO DO ESTADO


O projeto “Pintando a Educação com Liberdade” reuniu 20 detentos do regime semiaberto para trabalhar na reforma de escolas públicas em Campo Grande. A Escola Estadual Prof. Emygdio Campos Widal, localizada no bairro Jardim Vilas Boas, recebeu a ação, que entre os 500 alunos, há crianças e adolescentes de orfanatos.

Elaborado pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário do Estado de Mato Grosso do Sul (Agepen), em parceria com o Conselho da Comunidade de Campo Grande, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) e a Secretaria de Estado de Educação (SED) firmaram contrato para empregar os presos para trabalharem na reforma de escolas públicas na Capital.

A ação foi idealizada pelo juiz da 2ª Vara de Execuções Penais de Campo Grande, Albino Coimbra Neto, e já está em sua sétima reforma. Contrato, baseado na Lei de Execução Penal (LEP), é válido por um ano, podendo ser prorrogado.

FUNCIONAMENTO DA ESCOLA E PROJETO

Depois da reforma, a escola começará a atender em período integral para o ensino fundamental e médio. Para a diretora da escola, Fernanda Alves Bucallon, este projeto é de grande valia tanto para a escola como para os próprios internos.

“É uma experiência sem comparação, uma via de mão dupla, porque, ao mesmo tempo em que contribui para a revitalização física da estrutura da escola, traz melhoria de vida para o preso. Além disso, estão realizando um excelente trabalho”, afirma Fernanda.

Conforme o diretor da Agepen, Ailton Stropa, graças aos resultados alcançados, a iniciativa tem inspirado outros estados da federação a fazerem o mesmo, já que garante benefícios à sociedade e economia ao Estado.

Para os detentos que participam do projeto, há a remição da pena, sendo que três dias trabalhados é reduzido um dia no total a ser cumprido, além de receberem pelo serviço, possibilitando a reintegração à sociedade prestando trabalhado comunitário.