Polícia cumpre 123 mandados contra detentos, foragidos e ex-presidiários

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A Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) anunciou nesta sexta-feira (31) a realização, ao longo da semana, da operação Sine Libertate (“sem liberdade”, em latim), que visa a cumprir 123 mandados de prisão em aberto contra pessoas já presas, evadidos e reincidentes criminais, tendo como foco integrantes de facções criminosas em todo o Estado –alguns deles responsáveis por liderar ações de dentro de presídios.

A divulgação ocorre no mesmo dia em que o PCC (Primeiro Comando da Capital) completa seu 25º aniversário, fato que levou unidades prisionais do Estado a terem sua segurança reforçada.

Em nota, a Deco explicou ser de sua competência a apuração envolvendo facções, “muitas delas integradas por internos do sistema carcerário, ex-internos ou ‘batizados’ implicando em diversas apurações de crimes cometidos sob comando de faccionados encarcerados em nosso sistema prisional”.

Com a Sine Libertate, espera-se neutralizar ações criminosas comandadas de dentro dos presídios, bem como responsabilizar seus responsáveis. A operação percorreu o interior –com destaque nas cidades de Rio Brilhante, Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas– e diversos bairros da Capital, onde foram cumpridos mandados de prisão contra ex-detentos com registros de reincidência. Também foram realizadas ações no EPSM (Estabelecimento Penal de Segurança Máxima) e no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande).

PCC – A reportagem apurou que um alerta geral para servidores da segurança pública apontou a possibilidade de possíveis ações do PCC na Máxima de Campo Grande no aniversário do PCC. A fim de evitar motins, houve reforço na vigília dentro e fora de unidades penais. Apesar da precaução, ao menos durante a manhã, não houve movimentações e o banho de sol ocorreu normalmente.

Em 2017, “gritos de ordem” levaram agentes penitenciários do local pedirem reforços e o fechamento da cadeia no retorno dos presos às celas. Um integrante do PCC foi preso com armas, incluindo um fuzil americano e uma submetralhadora.

Criado em São Paulo, o PCC é tratado como a maior facção criminosa em atividade em Mato Grosso do Sul, Estado tido como rota estratégica para o tráfico de drogas e armas diante dos acessos aos Estados vizinhos e o Paraguai