MPF ratifica pedido de Odilon à PF para ser investigado

IVIAGORA


O MPF (Ministério Público Federal) ratificou o pedido do candidato ao governo do Estado, juiz Odilon de Oliveira, encaminhado, no último dia 4 de setembro, à Superintendência da Polícia Federal de Campo Grande para abertura de inquérito sobre as acusações do ex-servidor Jedeão de Oliveira, que responde a processo por desvio de recursos da Justiça Federal.

Na solicitação do MPF, encaminhada à Polícia Federal no dia 5 de setembro, o procurador Marcos Nassar destaca o fato de o órgão não ter aceito a colaboração premiada do ex-servidor por não haver provas concretas para elucidação dos delitos noticiados contra o juiz Odilon. “A impossibilidade de celebração do acordo de colaboração premiada foi comunicada ao advogado do declarante ainda no mês de julho de 2018”, relata o MPF.

No entanto, o procurador considera, diante da “gravidade” dos relatos do ex-servidor, ser necessário a “averiguação preliminar” pela Polícia Federal, para a “viabilidade de concreta apuração dos fatos retratados” pelo ex-servidor, que é réu em ação penal e diversas ações de improbidade administrativa, do qual é acusado a desvio de “vultosos valores em moeda nacional e estrangeira.”

O procurador ainda relata que os delitos foram descobertos em 2016, quando Jedeão foi exonerado pelo juiz Odilon, e que o ex-servidor tem elevada possibilidade de ser condenado por todos os ilícitos do qual ele é acusado. “Essas acusações tem caráter vingativo e a intenção de tumultuar o processo eleitoral. Não passa de armação política e sei bem de quem é a cara de pau por trás desse cidadão. Toda a população tem visto essa cara em rede nacional nos últimos dias”,

Marcos Nassar descreve em seu pedido, que apesar dos fatos ocorridos em 2016, o ex-servidor só apresentou os relatos para possível delação premiada em julho de 2018, “época em que Odilon de Oliveira firmou-se como pré-candidato ao mandato de governador do Estado de Mato Grosso do Sul, remanescendo menos de três meses até a data da realização das eleições”, ou seja, nas vésperas das eleições deste ano.

Conforme o procurador da república, o esclarecimentos dos relatos de Jedeão é importante para “preservar o processo eleitoral” para o candidato Odilon não ser prejudicado perante ao eleitorado “em virtude de representações caluniosas ou falsas”, o que pode comprometer a “legitimidade das eleições.”

O MPF ainda destacou o fato de Odilon, considerado o mais prejudicado com a instauração de investigação, ter feito pessoalmente o pedido à PF para apurar os delitos relatados por Jedeão. Outra justificativa da abertura do inquérito é a apuração dos fatos para identificar possível prática de denunciação caluniosa. Também pediu o fim do sigilo sobre a declaração do ex-servidor. “Penso que os homens públicos diante de fatos como estes deveriam fazer o mesmo e pedir inquérito serem investigados, a começar pelos acusados de receberem propinas da JBS”, afirmou.