Política
Após não ir a encontro com Doria, Bolsonaro diz que não sabe quem combinou reunião com tucano
IVIAGORA
Após não comparecer a um encontro com o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) disse neste sábado (13) que não sabe quem foi o responsável por agendar a reunião. Ele agradeceu o apoio do tucano e desejou "boa sorte" a Doria.
Nesta sexta (12), segundo o colunista Valdo Cruz, Doria viajou até o Rio de Janeiro em busca de um encontro com Bolsonaro. A intenção era gravar um vídeo com manifestações mútuas de apoio – Doriaenfrentará Marcio França (PSB) no segundo turno e Bolsonaro, Fernando Haddad (PT).
A reunião aconteceria na casa do empresário Paulo Marinho, apoiador de Bolsonaro, mas o capitão reformado do Exército, segundo interlocutores, alegou mal estar para não estar presente.
Apesar de o PSDB ter decidido se manter neutro na eleição presidencial, sem apoiar nem Bolsonaro nem Haddad, Doria já manifestou publicamente que apoia a candidatura de Bolsonaro.
Neste sábado, Bolsonaro foi até a residência de Paulo Marinho para gravar inserções para o horário eleitoral de rádio e TV.
"Eu quero agradecer o apoio dele. Eu não havia combinado [o encontro], eu não sei quem combinou isso aqui. Eu encontro com ele sem problema nenhum, bato papo sem problema nenhum", disse Bolsonaro neste sábado.
Questionado sobre se declararia apoio a Doria em São Paulo, ou ao candidato do PSC ao governo do Rio, Wilson Witzel, o presidenciável ressaltou que permanecerá neutro em todas as disputas, a não ser nos casos em que o PSL tem candidato próprio no estados.
Apesar de ter dito que se manterá neutro nas disputas estaduais e que não vai declarar apoio a nenhum candidato, Bolsonaro ressaltou que Doria é uma "oposição ao PT", assim como ele, e desejou sorte ao tucano.
"Eu sei que ele é uma oposição ao PT. Somos uma oposição ao PT. E sei que o outro lado, o França, tem o apoio velado do PT. Então no momento eu desejo boa sorte ao Dória", afirmou.
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'Transformação cultural'
Mais cedo, Bolsonaro utilizou o Twitter para afirmar que quer construir um país que "respeita seus cidadãos e que é respeitado por eles e pelo mundo todo".
Segundo o candidato, para isso, é preciso promover uma "transformação cultural" no Brasil, para que impunidade e corrupção não sejam mais associados "à nossa identidade nacional".