Geração de emprego e distribuição de renda é o caminho para o desenvolvimento do pais.

IVIAGORA


O atual cenário econômico do país é uma discussão que tem dado muito “pano pra manga” em todos os setores da sociedade. Não podemos negar que a crise atingiu segmentos essenciais para o desenvolvimento do país, contudo, também não podemos esquecer que este cenário é indissociável da crise política que, por sua vez, tem alvos definidos, ainda que ocultos, um deles é desfazer os avanços conquistados pelos trabalhadores, que pode afetar ainda mais o cenário. Dinheiro na mão do trabalhador significa poder de compra e aumento nas vendas.

Nos últimos anos no Brasil, nada foi mais importante que a redução do desemprego, o crescimento dos salários e a melhoria da distribuição de renda. Vários elementos contribuíram para esses resultados, mas a base desse movimento foi uma dinâmica de crescimento econômico fortemente sustentada pelo mercado interno de consumo com importante participação do comércio nessa trajetória.

A relevância e contribuição do setor do comércio para a economia pode ser vista através da expressiva força de trabalho, do consumo das famílias, do desempenho das vendas nos últimos anos, da contribuição na composição do PIB e do montante de arrecadação tributária gerada.  Ainda que tenha havido desaceleração das vendas nos últimos anos, o comércio sofreu com impacto e não houve crescimento.

Nesse contexto, não há milagre, a saída para a crise não está no corte de gastos, penalizando políticas sociais, salários e aposentadorias, mas sim no crescimento. A matemática parece muito lógica, ou seja, a renda deve vir do trabalho e da produção e não do mercado financeiro por meio das elevadas taxas de juros. Por isso a geração de emprego e renda deve estar no centro da política econômica.

A ampliação do nível de renda das famílias pode abreviar o atual período recessivo do ciclo econômico, porque possibilita a melhora da distribuição de renda e dos níveis de consumo. Evita, assim, que o empobrecimento das famílias alimente e prolongue o processo recessivo que gera um ciclo negativo para o desenvolvimento.

Por isso temos que ter comprometimento,  e cada vez mais com a manutenção das conquistas já alcançadas para as categorias e com a busca de novas alternativas junto aos empresários para gerar renda e garantir os postos de trabalho no comércio. 

Atravessar este período nebuloso é uma tarefa que será mais fácil se feita com união.