Policial
Empresário de mineração é executado em bairro nobre e filho está internado
IVIAGORA
O empresário do ramo de mineração Claudio Simão, 47 anos, foi executado com tiros de pistola, por volta da 00h50, desta quinta-feira (15), na rua Patagônia, no Jardim Bela Vista – área nobre de Campo Grande.
De acordo com o delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, Antônio Souza Ribas, o empresário retornava de uma viagem ao Rio Janeiro. O filho, de 23 anos, foi buscar o pai acompanhado de um amigo da família.
Os três seguiam para casa em uma caminhonete conduzida pelo filho e tendo como passageiro o empresário. Quando chegaram à residência e abriram o portão, um veículo Ônix, de cor escura parou na esquina da rua e o passageiro desceu. O suspeito disparou diversos tiros, sendo que a perícia encontrou 13 cápsulas deflagradas no local.
Conforme a autoridade policial, o empresário foi atingido por dois tiros: um no braço que atingiu também o tórax e um nas costas. O filho foi atingido no pulmão e está internado na Santa Casa de Campo Grande. Não há informações sobre a gravidade do ferimento. O amigo, que estava no banco traseiro, não foi atingido.
Ainda segundo o delegado, a Polícia Civil já trabalha com uma linha de investigação e há um suspeito. Detalhes não serão divulgados neste momento para não atrapalhar as investigações.
AVALISTA
Ele era avalista de uma dívida de R$ 40 milhões, segundo processo que corre na 12ª Vara Cível da Capital.
O autor da ação cobra um espólio do pai para a mãe, avaliado em R$ 39 milhões que, em valores atualizados pelo advogado, somam R$ 40,1 milhões. O filho do ex-sócio falecido de Cláudio tentou um acordo com os antigos sócios, mas sem sucesso.
Todos chegaram a dar um cheque no valor milionário para o filho, que depositou e o mesmo estaria sem fundos. Desde então, segundo a defesa, o filho tenta acordo amigável com as partes, mas sem sucesso. A ação corre na Justiça desde novembro do ano passado.
Em dezembro do mesmo ano, o juiz Atílio César de Oliveira Júnior acatou o pedido da defesa para que os empresários pagassem em até três dias a dívida na íntegra, ou 30% do valor e mais seis parcelas corrigidas pelo índice do IGPM-FGV e juros de mora de 1% ao mês, mais 10% de honorários advocatícios.
Mesmo com a decisão de execução da dívida, os empresários não efetuaram o pagamento, sendo citados em agosto para efetuarem o depósito. No último dia 9 de outubro, a oficial foi ao endereço de Cláudio para citá-lo, mas informou que suspeitava que ele e a sócia estavam na residência ‘e se ocultam deliberadamente para não serem citados’.
A oficial informou ainda que fez buscas pelos bens dos réus, mas que não encontrou nada disponível para fazer o atestamento para garantia de pagamento da dívida.
E, 2008, a Mineradora Pirâmide vendeu 49% do capital social para a ArcelorMittal SA. A empresa é um conglomerado industrial multinacional de empresas de aço com sede em Luxemburgo. Foi formada em 2006, a partir da fusão da Mittal Steel Company e da Arcelor. ArcelorMittal é a maior produtora de aço do mundo, com uma produção anual de aço bruto de 93,6 milhões de toneladas. Em Corumbá, a Pirâmide concentra as atividades na exploração de minério de ferro e de reservas de manganês.