Polícia desconfia de ataque do PCC e transfere 14 pistoleiros de Minotauro

IVIAGORA


Os 14 homens acusados de serem pistoleiros do narcotraficante brasileiro Sergio de Arruda Quintiliano Neto, o “Minotauro”, foram transferidos na tarde de sexta-feira (15), por volta das 15h, da cadeira de Amambay, no Paraguai, para a Capital Assunción. Segundo o site ABC Color, a transferência ocorreu porque a polícia desconfiou de um ataque organizado pela facção PCC (Primeiro Comando da Capital) para libertá-los, organização criminosa ligada à Minotauro.

 

Foram transferidos Marcos Paulo Valdez Pereira, Emerson Roni Marques de Souza, Denis Junio Mendes Moura, Felipe Diogo Fernandes Díaz, Mike Vinicius Lima Nascimento, Renan Canteiro, Rodrigo Rocha de Araujo, Wilson Carlos Terres Cuadros, Julio César Gómez, Tiago Henrique Lima Fernández, Willian Benjamín González Salinas, Rafael de Souza, Ilton Botelho Dos Santos e Luciano de Souza Martins.

 

Segundo o jornal paraguaio, a inteligência da polícia revelou que havia um plano de liberação de Marcos Paulo Valdez Pereira e Julio César Gómez, considerados os “cabeças” do grupo de pistoleiros do “exército” de Minotauro.

Na quinta-feira (14), policiais civis do SIG (Serviço de Investigações Gerais) e da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) descobriram um arsenal em uma mansão em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande.

De acordo com policiais que participam da operação, a casa com piscina e mesa de sinuca personalizada era usada como esconderijo por um bandido paulista conhecido com o “Thiago Maionese”, membro do PCC. Ele é fugitivo da justiça de São Paulo.

Prisão e operação – Considerado o “novo chefe do crime na fronteira”, Minotauro foi preso no dia 4 de fevereiro em Balneário Camboriú, no litoral catarinense, após ser localizado por agentes da Polícia Federal brasileira no Marina Beach Towers. O condomínio onde foi encontrado é um espaço luxuoso no centro da cidade litorânea, onde o preço médio do apartamento de três quartos é de R$ 3,2 milhões.

Sérgio de Arruda Quintiliano Neto tem 32 anos e é apontado como o mandante de uma série de assassinatos em Ponta Porã e Pedro Juan Caballero. As mortes, indicam as investigações, foram de pessoas ligadas ao também narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão, com quem estabeleceu uma guerra pelo domínio da rota do tráfico.

Entre os crimes atribuídos a Minotauro está o assassinato do policial civil Wescley Dias Vasconcelos, 37, ocorrido no dia 6 de março do ano passado em Ponta Porã. O narcotraficante estava foragido da justiça de São Paulo desde agosto de 2012.

Depois da prisão, a polícia paraguaia deflagrou operação para desarticular a cadeia criminosa de Minotauro. Os suspeitos de serem “soldados” de Minotauro foram presos no dia 7 de fevereiro. No mesmo dia, a polícia encontrou um centro de monitoramento descoberto em uma residência que era comandado pelo narcotraficante.

Do local, Minotauro e seus comparsas controlavam o “Big Brother” com câmeras instaladas nas residências onde moravam membros de seu bando e também acompanhavam a movimentação de outros pontos estratégicos da cidade, onde também haviam câmeras espalhadas.