Na contra mão das grandes petroleiras, Petrobrás quer vender metade de suas refinarias

IVIAGORA


Na contra mão das grandes petroleiras, a Petrobrás insiste em se desfazer das suas refinarias.

Segundo o jornalista João Borges, da GloboNews, o governo anunciou que a Petrobrás pretende iniciar em junho a venda de 50% da sua capacidade de refino (equivalente a 1,1 milhão de barris/dia). Já a estatal Saudi Aramco (maior petroleira do mundo) divulgou planos de construir refinarias com capacidade de refinar 10 milhões de barris/dia (leia aqui).

Para o presidente da AEPET, Felipe Coutinho, “obrigar a Petrobrás a se desfazer de seus ativos em favor de empresas privadas representa uma ação contra a natureza de uma companhia integrada de petróleo, característica dessa indústria que objetiva a mitigação dos riscos da volatilidade do preço do petróleo e do câmbio, por exemplo. Mas, acima de tudo, é uma agressão à Petrobrás que assumiu riscos ao realizar investimentos de longa maturação, como as refinarias.

Entregar refinarias ao setor privado irá enfraquecer a Petrobrás, em um movimento na contramão da indústria, em um contexto onde as empresas nacionais de petróleo (NOCs) estão se fortalecendo em todo o mundo, inclusive através da expansão da capacidade de refino, a exemplo dos países da Ásia (China, Índia, Indonésia, Malásia), da Rússia (Rosneft e Gazprom) e do Oriente Médio”, afirma Coutinho