PMA e Ibama encerram ação contra tráfico de papagaios com 6 presos e apreensão de 185 aves em MS

IVIAGORA


A Polícia Militar Ambiental (PMA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) encerram ação contra o tráfico de papagaios nessa quinta-feira (26) com a prisão de 6 pessoas e autuações no valor de R$ 755 mil, além da apreensão de 185 aves.

Segundo os envolvidos, no mês de dezembro ocorre o fim da reprodução do papagaio. No entanto, as ações começaram no dia 15 de agosto deste ano, com vistoria em fazendas e bloqueios para evitar o tráfico de animais silvestres.

Foram apreendidos ao todo 180 aves da espécie papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), além de cinco periquitos. O número é 27,65% maior do que o ano de 2018 quando foram apreendidas 141 aves. Porém, comparado ao ano de 2017, em que não houve a operação Bocaiúva, o percentual caiu em 49,57%. Naquele ano as apreensões foram de 357 papagaios, o que indica que a operação é essencial para a prevenção ao tráfico.

Ainda conforme a PMA, a atuação da Polícia Civil e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) também foram essenciais nas apreensões, com 43 policiais e fiscais trabalhando para preservar o período reprodutivo dos psitacídeos (papagaio, arara, periquitos, maritacas, etc).

  Policiais encerraram ação em MS com apreensão de 185 papagaios — Foto: PMA/Divulgação

Como aconteceram nos anos anteriores, outras unidades da Polícia Militar foram importantes nas apreensões, bem como outras forças de segurança, como Polícia Rodoviária Federal e Polícia Civil tiveram participações importantes na prevenção e repressão ao tráfico das aves na região foco.

A principal região de tráfico de papagaio são os municípios próximos às divisas com os estados de São Paulo e Paraná, como Jateí, Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina, Três Lagoas e Brasilândia, além de Naviraí, Itaquiraí, Eldorado e Mundo Novo.

Atividade criminosa rentável

O tráfico de animais silvestres é considerado a terceira atividade criminosa mais rentável, perdendo apenas para o tráfico de drogas e o tráfico de armas. Porém, em Mato Grosso do Sul, o problema se resume quase que especificamente ao papagaio.

Como o que interessa ao comprador na espécie, é a capacidade que ela tem de aprender a imitar a voz humana, a retirada só é realizada enquanto filhote. Por esse motivo, o período de agosto a dezembro é preocupante com relação ao tráfico de animais silvestres no Estado de Mato Grosso do Sul, pois, é o período reprodutivo dos papagaios, que é o animal mais traficado no Estado.

  Operação conjunta em MS contra tráfico de papagaios terminou com 6 presos — Foto: PMA/Divulgação