Pastores lamentam queda nos dízimos e programas na TV estão ameaçados


As maiores denominações evangélicas do país estão passando por tempos de crise consideráveis, por causa da determinação de fechamento dos templos nesse período de isolamento social.

Com a queda nos dízimos, as igrejas tentam fechar acordos com as emissoras abertas de TV do Brasil para diminuírem o preço dos alugueis pagos pelos espaços nas programações abertas das grades, segundo o colunista Ricardo Feltrin do UOL.

O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), tem tentado reverter a situação pressionando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para que seja reaberto os templos em todo o Brasil.

Outros líderes como R.R. Soares, líder da Igreja Internacional da Graça de Deus, bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, e o apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, estão tentando negociar diretamente com as emissoras envolvidas na transmissão dos programas religiosos a baixa no valor dos alugueis dos espaços.

Band e Rede TV! devem ser as mais prejudicadas, já que dependem dessas verbas religiosas para pagar parte de seus custos com programação.

Estima-se que a Igreja da Graça pague R$ 80 milhões por ano pelo espaço nobre da Band. Além disso, a Igreja Universal desembolsa algo em torno de R$ 120 milhões pelo arrendamento do canal 21 (UHF), que também pertence à Band.

Na Record, a receita desse ano deve sentir o impacto da queda na arrecadação da Igreja Universal, que estima-se pagar R$ 350 milhões por ano pelas madrugadas do canal.

Além dessas negociações, algumas demissões para corte de custos já foram anunciadas pela Rede Gospel, que pertence à Igreja Renascer, e pela RIT TV, que é a emissora oficial de R.R. Soares.

O futuro dos programas religiosos nas TVs pode estar ameaçado, mas é improvável que os rendimentos dos líderes dessas denominações esteja perto da miséria, tendo em vista os impérios construídos por eles ao longo dos anos.