Familiar de vítima da Covid-19 em Campo Grande fez alerta sobre perigo da doença

IVIAGORA


Uma familiar da sétima vítima por Covid-19, o novo coronavírus, em Campo Grande, alertou sobre os perigos da doença através das redes sociais na última sexta-feira (29). A vítima, Eli Simão da Silva, tinha 61 anos e era diabético e hipertenso.

Através de uma publicação, a moradora compartilhou uma notícia sobre o aumento no número de casos da doença no país e escreveu um alerta em tom de desabafo. “Pessoal, isso é sério. Só quem está passando por isso sabe como é”, disse a mulher.

Eli Simão era caminhoneiro, natural do interior de São Paulo e morava em Campo Grande. Com perfil nas redes sociais reservado ao público, Eli gostava de postar fotos e demostrava constantemente a sua fé. Amigos e familiares lamentaram a morte e o descreveram como alegre, divertido e amável com todos.

A morte do caminheiro pela doença entra para as estatísticas das vítimas com diabetes que não sobreviveram ao coronavírus. De acordo com endocrinologistas, o diabetes não facilita a contaminação pela doença, mas pode agravar o estado de saúde de um paciente que contraia o vírus.

Ele estava internado no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) desde o dia 26 de maio.

Diabéticos: principais alvos do coronavírus em MS

Dos 20 óbitos registrados até o momento em MS por causa do novo coronavírus, mais da metade convivia com diabetes. A doença não facilita a contaminação, mas aumenta o risco de quadro clínico grave, com a taxa de letalidade maior, conforme a SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes). Por causa da incidência, os pacientes que tratam o diabetes trataram de procurar um especialista para tirar as dúvidas sobre o vírus e procura por endocrinologistas em MS cresceu.

De acordo com a médica endocrinologista Lara Rúbio, os pacientes que atende em seu consultório estão ansiosos e preocupados com a doença e a procura por consultas justamente para esclarecimentos quase dobrou no último mês.

“A maioria dos pacientes está preocupada com a pandemia e a doença propriamente dita, mas também pelas incertezas em relação ao futuro. Muitos têm medo de se infectarem e realizam todas as precauções. A procura geralmente é para esclarecer as dúvidas e melhorar seu controle glicêmico, com objetivo de minimizar riscos de complicações”, explicou a médica