Trabalhador rural mata colega e diz que brincavam de ‘roleta russa’

IVIAGORA


Trabalhador rural foi preso na noite de domingo por suspeita de matar um colega em uma fazenda localizada na zona rural de Aquidauana, a 100 quilômetros da cidade. O dono da fazenda acionou a equipe policial informando que havia ocorrido o crime no local. Os policiais então se deslocaram e, quatro quilômetros antes da sede, encontram dois homens em uma moto. 

Durante a abordagem, verificou-se que o passageiro do veículo era o suspeito do crime, motivo pelo qual ele foi preso. O suspeito negou o homcídio, alegando que a vítima teria atirado contra si própria quando “brincava” de “roleta russa”.

Já na propriedade rural onde o crime ocorreu, mais especificamente no alojamento dos trabalhadores, a equipe policial visualizou a vítima morta sobre a cama de um quarto e com um revólver calibre 357 magnum nas mãos. Havia pelo menos um ferimento por disparo de arma de fogo na região da cabeça. 

A princípio, conforme o perito criminal, o disparo teria ocorrido à distância de dois metros. Havia também sinais de manipulação do cadáver, sendo que a arma de fogo, seguramente, teria sido “plantada” nas mãos da vítima.

No quarto ao lado, havia quatro outros trabalhadores rurais, sendo que três deles dormiam e se apresentavam com nítidos sinais de embriaguez alcóolica. Todos eles esclareceram que estavam na varanda em frente ao quarto onde ocorreu o crime, quando ouviram um disparo. O autor do crime teria saído do referido quarto com a arma de fogo em mãos dizendo “eu fiz uma cagada, eu o matei, mas antes ele do que eu”.

Na delegacia, interrogado formalmente pela autoridade policial, o suspeito confessou o crime. No entanto, apresentou versão de que ele e a vítima estavam muito embriagados e “brincavam” de “roleta russa”. Primeiro, a vítima teria girado o tambor da arma e pressionado o gatilho em direção ao autor, contudo, não houve disparo. Após, a vítima teria passado a arma ao autor, que, de imediato, disparou contra à vítima, acertando sua cabeça, resultan-do óbito imediato. O autor negou ter manipulado o cadáver e a arma instrumento do crime no intuito de simular um suicídio. 

A polícia civil representou ao judiciário pela decretação da prisão preventiva a fim de garantir a aplicação da lei penal, já que o indiciado tentava empreender fuga. As investigações continuam para completo esclarecimento dos fatos.